Estação de tratamento natural de água.
- O primeiro passo da biorremediação é a caixa de gordura, tanque séptico localizado próximo à cozinha, embaixo do solo, um meio ambiente anaeróbico onde os sólidos começam a ser quebrados por microorganismos que se alimentam de restos de matéria orgânica.
2. Próximo, está o biodigestor, reator totalmente fechado ou anaeróbico, onde sólidos são separados da água e são digeridos por microorganismos anaeróbicos e tranformados em gases que serão liberados, ou que podem ser reaproveitados como gás de cozinha.
3. O reator seguinte, parcialmente aeróbico, pois cria uma transição entre ecossistemas anaeróbico e aeróbico, recebe a água tirada do biodigestor por uma bomba elétrica. Esta água continua rica em nutrientes e microoganismos detritívoros convertem nitratos dissolvidos, em gás nitrogênio, que sai do sistema para a Atmosfera ou é absorvido por plantas que seguem o processo.
4. Os tanques abertos contém bactérias aeróbicas que usam o oxigênio para converter amônia, o principal componente do lixo humano e toxina para muitas plantas, em nitratos que serão processados mais tarde.
5. O tanque que constitui um meio sólido úmido, completamente cheio de pedras e plantas como papirus, taboa, taioba e outras é um segundo ecossistema anóxico, com o fundo anaeróbico e o topo aeróbico. O segredo para o sucesso de um tanque deste tipo é a rápida circulação.
6. Os próximos tanques abertos, aeróbicos, são ecossistemas mais complexos, onde moluscos, lesmas, algas e peixes vivem entre uma grande diversidade de plantas. Estes já formam um ecossistema aquático com uma cadeia alimentar completa.
7. Após o terceiro tanque, as bactérias já terão completado a nitrificação da amônia em nitratos. E também, algas fixadas já teram degradado quase toda a matéria orgânica para que os moluscos possam digerir os restos.
8. A maior contribuição por parte das plantas vem do seu sistema de raízes que forma a melhor superfície onde comunidades de microorganismos podem viver.
9. Os microorganismos digerem todo o resto de nutrientes que sobram.
A água limpa resultante não é considerada potável porque não é para beber, mas pode ser descarregada na irrigação do solo ou em rios sem prejuízo ao ecossistema local. No Ecocentro usamos esta água para irrigação.

Boom Festival – Fito Etar – estação de tratamento de águas residuais